Filósofo Corporal
Quem leu o meu livro "A Essência do Yoga Antigo" publicado em 2013, notou que em certo momento eu me denominei: "filósofo corporal". Mas só agora antes de escrever este tópico (buscando no Google) tive a curiosidade de saber se existia essa denominação. Não encontrei. Quero dizer com isso que, qualquer denominação é relativa e que pode estar relacionada: a semente de um desejo, ego ou simplesmente para expor um estado de consciência naquele momento (é o meu caso).
Nessa busca, descobri uma matéria denominada "esquema corporal" de autoria de Merleau-Ponty. Ela menciona os princiapais assuntos: o conhecer do corpo sobre um todo, o conhecer do corpo segmentado, o controle dos movimentos segmetados, o equilíbrio estático e dinâmico e o expressar corporal harmonioso. Claro, assunto muito recente em relação as raízes da filosofia e psicologia. No entanto (como notamos) o autor desmembra o corpo para encontrar em cada entranha, uma resposta. E essa é a função do filósofo corporal. Mergulhar profundamente na sua intimidade para se conhecer: fisicamente, mentalmente, energeticamente, sexualmente, espiritualmente e essencialmente.
E foi desta forma que eu a partir de 1995 iniciei uma jornada de autoconhecimento tendo como introdução o Hatha Yoga (paralelamente, a psicologia antiga, moderna e contemporânea) e em especial, o sistema comportamental tântrico.
No entanto, nem sempre o indivíduo vai se conhecer através de uma filosofia (teórica) ou um método específico. A vida nos faz "acordar na marra" diante dos acontecimentos do nosso dia a dia.
Sabe aquele momento que você se depara com algo que não tinha noção da sua existência (seja pessoal ou por terceiros) e fica entusiasmado, perplexo ou decepcionado? Todos os mortais já passaram por essa situação, mesmo que, não tenha levado em conta a sua significante contribuição para a sua vida cotidiana. Nada, absulutamente nada, deve ser desprezado quando o conteúdo está relacionado a vida, íntimamente. Antes de pré julgar uma situação, reflita. Isso é bom para o corpo, a saúde emocional e para a sua natureza divinizada.
E é a partir desta visão mais sensível através do tântra que vamos desmembrar o corpo, a sensibilidade, a libido, o amor e, assumuir a nossa natureza sutil, sem vergonha!
Obs. Se alguém disser que eu sou professor de yoga, massoterapeuta, sexólogo, psicólogo, santo, pecador, mestre, discípulo de Deus,um ser humano etc.., eu nego! Sou pura energia! Afinal, o tântrico está além de uma denominação, de corpo, uma cultura pecadora!
Namastê